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Vicissitudes do desejo do analistaTopologia e desejo do analista: vicissitudes
{eromenos}, embora sua função seja a do fator pelo qual
qualquer objeto possa ser introduzido na função de ob-
jeto do desejo, mas a do desejante, do ερων {erástes}. É
enquanto o analista é a presença-suporte de um desejo
inteiramente velado que ele é esse Che vuoi? encarnado.
(LACAN, 1962. p. 313).
Lacan ligará o desejo do analista ao Phalo no ponto mais
alto de seu vazio. O símbolo grande Phi não fala, mas inter-
roga e faz falar, assim como o desejo é enigma que articula,
mas não é articulável, nem visível. Lacan ligará o lugar des-
sa “presença real” ao ɸ como lugar da castração, lugar de
uma ausência presentificada, lugar que ocupa o bouquet de
flores no quadro de Zucchi onde o artista re-vela o desejo
de Eros.
Jacopo Zucchi,
“Amor e Psique”.
22 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Topologia e desejo do analista, ano 3, n. 3, p. 19-31, 2017
{eromenos}, embora sua função seja a do fator pelo qual
qualquer objeto possa ser introduzido na função de ob-
jeto do desejo, mas a do desejante, do ερων {erástes}. É
enquanto o analista é a presença-suporte de um desejo
inteiramente velado que ele é esse Che vuoi? encarnado.
(LACAN, 1962. p. 313).
Lacan ligará o desejo do analista ao Phalo no ponto mais
alto de seu vazio. O símbolo grande Phi não fala, mas inter-
roga e faz falar, assim como o desejo é enigma que articula,
mas não é articulável, nem visível. Lacan ligará o lugar des-
sa “presença real” ao ɸ como lugar da castração, lugar de
uma ausência presentificada, lugar que ocupa o bouquet de
flores no quadro de Zucchi onde o artista re-vela o desejo
de Eros.
Jacopo Zucchi,
“Amor e Psique”.
22 Revista da ATO – escola de psicanálise, Belo Horizonte, Topologia e desejo do analista, ano 3, n. 3, p. 19-31, 2017