Page 71 - Revista Ato - O Nó e a Clínica - Ano 3 / nº2
P. 71
Maria Aparecida Oliveira do Nascimento
produz-se no campo do simbólico como efeito do
imaginário e constitui laço entre o real e o simbólico.
A angústia, nominação do real, produz-se no campo do
imaginário, no corpo, como efeito do real e constitui o
enlace do simbólico e do imaginário. O sintoma, nominação
do simbólico, que constitui laço entre o imaginário e o real,
produz-se no campo do real, como efeito do simbólico.
Essa amarração feita a 3, onde um não é sem
o outro e só se desfaz quando um dos elos se desata,
sustenta-se no tecido vazio que é o nó. Lacan, em R.S.I,
diz-nos que “o nó borromeano pode ser escrito, pois ele é
uma escritura. Uma escritura que suporta um real”. (R.S.I.
pág. 9).
Gilda Vaz aponta que
“É preciso amarrar a estrutura e fazer o nó que supõe Ex-sistência
escrever o buraco que resulta do próprio enodamento.
É a função do desejo do analista que mantém em tensão 71
esse lugar da falha e possibilita uma superfície discursiva
pela qual a palavra pode fazer cortes e produzir novos
enodamentos. Não é dar significação ou decifrar o que
está escrito, mas produzir uma nova escrita”. (Rodrigues,
pág. 122).
Tomemos um caso clínico para ilustrar:
Uma paciente, tomada de muita angústia,
depois de “dar um tempo na análise” resolve se internar
em um hospital psiquiátrico. Não quer que sua analista
vá vê-la e fica cerca de trinta e poucos dias internada. No
entanto, mantém um certo contato através do WhatsApp.
Nas suas idas e vindas, fala da vida no hospital, dos filhos,
Revista da ATO - escola de psicanálise, Belo Horizonte, O Nó e a Clínica, Ano III, n. 2, pp. 69-74, 2016
produz-se no campo do simbólico como efeito do
imaginário e constitui laço entre o real e o simbólico.
A angústia, nominação do real, produz-se no campo do
imaginário, no corpo, como efeito do real e constitui o
enlace do simbólico e do imaginário. O sintoma, nominação
do simbólico, que constitui laço entre o imaginário e o real,
produz-se no campo do real, como efeito do simbólico.
Essa amarração feita a 3, onde um não é sem
o outro e só se desfaz quando um dos elos se desata,
sustenta-se no tecido vazio que é o nó. Lacan, em R.S.I,
diz-nos que “o nó borromeano pode ser escrito, pois ele é
uma escritura. Uma escritura que suporta um real”. (R.S.I.
pág. 9).
Gilda Vaz aponta que
“É preciso amarrar a estrutura e fazer o nó que supõe Ex-sistência
escrever o buraco que resulta do próprio enodamento.
É a função do desejo do analista que mantém em tensão 71
esse lugar da falha e possibilita uma superfície discursiva
pela qual a palavra pode fazer cortes e produzir novos
enodamentos. Não é dar significação ou decifrar o que
está escrito, mas produzir uma nova escrita”. (Rodrigues,
pág. 122).
Tomemos um caso clínico para ilustrar:
Uma paciente, tomada de muita angústia,
depois de “dar um tempo na análise” resolve se internar
em um hospital psiquiátrico. Não quer que sua analista
vá vê-la e fica cerca de trinta e poucos dias internada. No
entanto, mantém um certo contato através do WhatsApp.
Nas suas idas e vindas, fala da vida no hospital, dos filhos,
Revista da ATO - escola de psicanálise, Belo Horizonte, O Nó e a Clínica, Ano III, n. 2, pp. 69-74, 2016